Encontro as cegas
Fecha: 25/10/2018,
Categorías:
Fetichismo
Anal
Autor: crazyfuckerPT, Fuente: xHamster
Conheço a Lena numa daquelas noites em que, fartos de nos verem sozinhos, os amigos nos levam a sair e, como quem não quer a coisa, nos apresentam uma colega do trabalho que encontraram “por acaso”.Encontro às cegasUm simples olhar entre nós é suficiente para percebermos o esquema que, diga-se, não é muito original. Mas nenhum de nós quer defraudar o esforço dos nossos “alcoviteiros”, por isso sentamo-nos perto um do outro decididos a representar o nosso papel de acordo com o esperado. No final da noite, quando inevitavelmente formos cada um para o seu lado, pelo menos não poderão dizer que não tentámos…– Quanto mais depressa começarmos a falar, mais cedo percebemos que não temos nada a ver um com o outro e podemos acabar com o teatro.– Também te acontece isso? – responde-me ela, com um sorriso espontâneo e, tenho que admitir, bastante atraente.– Todas as vezes… Se pensarmos bem, o próprio conceito de “encontro às cegas” já faz antever o pior.– Não sei... Dizem que “o amor é cego”.– Também dizem que “o pior cego é aquele que não quer ver”.Outra vez o sorriso.– Talvez tenhas razão, sim. Se começar a pensar nos gajos que já me tentaram arranjar... Desde o tímido inveterado àquele que 30 segundos depois de saber o meu nome já era todo mãozinhas.Parece que estamos a comparar cicatrizes.– Uma vez trouxeram-me uma rapariga que trabalhava numa dessas clínicas do pêlo, sabes? Esteve três horas a falar de técnicas de depilação, como descobriu o seu “dom” ao depilar o namorado, como ...
... passava horas a depilar-se a ela própria e como finalmente arranjou o seu emprego de sonho.E ainda o sorriso, mais aberto. Reparo que tem uns dentes lindos.– Ui. Como é que isso acabou?– No final da noite queria levar-me para casa, mas eu disse-lhe que gostava de mulheres com pêlo na venta. Não podia resultar…Não é à toa que insisto no sorriso. Sinto-me como que hipnotizado por ele e é ele que me inspira a ser agradável. Mas é quando a vejo rir pela primeira vez que fico definitivamente desconcertado. É como se um objecto misterioso de repente se revelasse um instrumento musical e, sem nada nos preparar para isso, começasse a debitar a mais bela das melodias!Lena não tem uma beleza imediata, mas uma daquelas belezas que se vai construindo à medida que a vamos descobrindo. Vem-me à ideia que parece desenhada para mim, que nunca gostei de nada demasiado óbvio.Aproveito que ela se levanta para ir à casa de banho para a apreciar de corpo inteiro. Não há nada que não me estimule. A sua alegria contagiante tem todo o redor em harmoniosa concordância.Olho para a outra ponta da mesa, onde está a amiga comum que nos apresentou, e ela olha de volta com uma expressão de vitória, como se dissesse:– Desta vez acertei em cheio!Sorrio-lhe e penso que, por uma vez, talvez tenha razão.– Porque é que achas que eles sentem necessidade de fazer estes arranjinhos? – pergunta-me a Lena, quando se volta a sentar. Cheira bem, um cheiro a transpiração misturado com plantas de jardim.Começo a divagar. ...