Lisboa fora de horas
Fecha: 12/01/2018,
Categorías:
Anal
Autor: crazyfuckerPT, Fuente: xHamster
Ela chama-se Juliana, é brasileira e custa cem euros...Quinta cerveja. Ela chama-se Juliana, é brasileira e custa cem euros. Pela primeira vez na noite decidiu sentar-se. Naquela zona, perto do balcão, fica exposta a pelo menos cinquenta pares de olhos. Não é que nas outras zonas isso não aconteça mas, pelo que percebi, poucas se aventuram naquele beco sem saída onde marinam os desesperados, os alcoólicos, os tesos ou os simplesmente desinteressados.Lisboa fora de horasEu estou a beber, não me sinto confortável e preciso de respirar. Por isso, fumo um cigarro atrás do outro.Digo-lhe imediatamente que não tenho esse dinheiro e que me parece difícil alguma vez pagar. Nunca paguei para estar com uma mulher, porque... Mas então percebo que deixei de saber a razão. Nem sequer completo a frase. Afinal, o que é que acho difícil pagar? Uma puta? Uma hora? A humilhação machista do “ter que pagar”? Olho para os olhos de Juliana. Até a olhar directamente nos olhos ela era apenas uma entre tantas outras Julianas que habitam a noite e os seus lugares lânguidos de engate. Mas assim, passa a ser a minha Juliana particular. E não consigo deixar de sentir por ela algo que imediatamente se contagia por todas as outras: admiração pela coragem, reconhecimento do brio, um respeito sem fim.Digo-lhe que estou ali pela experiência, que procuro sobretudo “a história”, que é o culminar de uma deambulação exploratória da “lama”. São cinco da manhã.Ela sorri-me com uma verdade que me parece imensamente ...
... maior que a minha. Chega a parecer-me triste. Cansada não, garante. E eu sinto-me completamente desmascarado. Mas continuo a não ter o dinheiro.Uma hora antes, quando encostou as nádegas e as ajeitou com uma precisão de relojoeiro à minha cintura, roçando uma dança ensaiada de costas longas e ventre inteiro, confesso que não fiquei impressionado. Lembro-me que me ocorreu a ideia: és tão bonita que nem me dás tusa!Sentados ao balcão tudo muda. Ela torna-se tangível, há qualquer coisa de real que antes não se via.Diz-me, pela terceira vez, que adora homens de barba, que a minha barba é linda. Não tenho o dinheiro e por isso tendo a matar a conversa. Lembro-a que está a trabalhar. Sou eu que digo:– Já deves ter percebido... Comigo não fazes a noite.Vêm homens falar com ela. Ela sorri sempre, conversa. Mas fica. Eu gasto as senhas da cerveja, observo o redor. Uma negra fabulosa, um pouco mais negra que Juliana, sorri-me um olhar de 500 euros. Sinto, aos poucos, que o ambiente me controla.Juliana tem um sorriso admirável, daqueles que um escritor descreveria como de marfim. Ébano e marfim. Um daqueles contrastes que nos fazem acreditar num sentido oculto do universo. Quando fala, os olhos dela ocupam-se totalmente dos meus. Não consigo evitar uma crescente vontade de estar perto dela. E, curioso, apesar de começar a sentir desejo, não tenho necessidade de observar ao pormenor os seus outros atributos físicos. Uma rápida passagem pelo seu decote apenas me confirma a sua juventude. ...